COMO A GLOBO, AJUDADA POR
MORO E AÉCIO, VENEZUELIZOU O BRASIL.
A Globo, Aécio e Moro
venezuelizaram o Brasil.
Veja o que acontece na
Venezuela há anos e você terá uma ideia da tragédia que isso representa.
São brasileiros odiando
brasileiros, amigos rompendo com amigos, irmãos se afastando de irmãos. Tudo
isso e mais sangue correndo e a economia sofrendo as consequências dos
enfrentamentos políticos que paralisam o país.
E tudo isso por um motivo
vil: a derrota nas urnas.
Globo, Aécio e Moro
conflagraram o Brasil porque perderam. A plutocracia jamais surpreende: também
em 1954 e 1964 a motivação foram surras em eleições presidenciais. E o pretexto
o mesmo: “corrupção”.
A direita brasileira mostrou
ser ainda pior que a venezuelana. Ao contrário de Chávez, Lula jamais foi
agressivo com a elite.
Buscou sempre conciliar. Tão
logo eleito, assinou uma Carta aos Brasileiros na qual se comprometia, na
economia, a não se desviar do caminho de FHC.
Jamais deixou de despejar
centenas de milhões de reais nas empresas jornalísticas em propaganda federal –
um dinheiro público que elas utilizaram para montar um exército de editores e
comentaristas dedicados a destruir o próprio Lula e, depois, Dilma.
Em sua busca de paz, Lula
foi ao enterro do homem que foi um dos símbolos supremos da ditadura, Roberto
Marinho. Alguns anos antes, Roberto Marinho roubara uma eleição de Lula ao
fraudar no Jornal Nacional o resumo do debate final entre Lula e Collor.
(Recentemente, Boni, então o executivo mais forte da Globo, contou candidamente
como a emissora deu assessoria para Collor antes do debate.)
A conciliação de Lula foi
vital para que a Globo jamais pagasse por seus crimes na ditadura. E isso deu à
empresa condições de fazer o que está fazendo agora: orquestrar um golpe, ao
lado de aliados como Moro e Aécio.
Alguém disse que a
plutocracia foi ingrata com Lula. Mas, menos que ingratidão, é uma questão de
ganância associada a uma completa ausência de escrúpulos morais.
A plutocracia quer tudo, não
importam os meios. A Globo, por exemplo, quer livre acesso ao dinheiro público,
pois teme não sobreviver sem estas muletas.
Deseja, também, uma Justiça
encabrestada, para que possa cometer suas delinquências impunemente, tanto
editoriais quanto fiscais.
A Globo deseja fazer as
costumeiras barbaridades editoriais sem que juiz nenhum lhe crie problemas como
direito de resposta ou multas significativas.
Também quer sonegar sem
consequências, como há tanto tempo vem fazendo.
Moro representa a Justiça
com que a Globo sonha: unilateral, parcial, feita apenas para proteger os
interesses de uma pequena fração de brasileiros abençoados desde sempre com
mamatas e privilégios abjetos.
E Aécio é o presidente
ideal, como FHC. Em troca de uma cobertura à base de louvações, FHC deu tudo à
Globo. Salvou-a da quebra, por inépcia empresarial, com dinheiro público do
BNDES.
Para alcançar seus
desígnios, a Globo e seus aliados estratégicos não hesitaram em fazer do Brasil
uma Venezuela gigante.
É terrível.
Mas mais terrível ainda será
se, como em 1954 e 1964, a Globo e tudo que ela representa triunfarem.
Os defensores da democracia
terão que mostrar doses colossais de coragem e energia para que, no final do
embate que já está aí, o Brasil esteja enfim livre da Globo, de juízes como
Moro e políticos como Aécio
O jornalista Paulo Nogueira
é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro
do Mundo.
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